sábado, outubro 24, 2009
EUFORIAS !
Pinto da Costa agradeceu aos olheiros do glorioso Benfica
por terem descoberto Radamel Falcao.
Reconhecer mérito a quem o tem é bonito e fica bem !
Eu , também acho que devemos agradecer ao eufórico Benfica
as fantásticas goleadas com que , esta época ,
vem arrasando os seus adversários .
Por uma razão muito simples :
- é que , assim , o F.C.PORTO fica a saber com o que conta ,
e , por isso , não vai entrar em euforias nem distracções !
.
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4 comentários:
Exactamente!
Mas este foguetório assusta quem está habituado a jogar ao mais alto nível e contra a melhores equipas da Europa?
Um abraço
É um delírio colectivo, que ao primeiro tropeço só vamos ter baba e ranho em doses industriais.
Sinceramente esta onda do benfica já cansa. Mas vamos deixá-los na sua insignificância, no mundo da ilusão, qualquer dia ainda vemos uma capa da bola com o título: "Isto é que é a Europa dos Milhões", fazendo alusão à liga europa... Já estivemos mais longe. Temos mais com que pensar, afinal de contas somos um clube de elite, que só se relaciona com essa mesma elite, os outros ficam à porta.
Abraço
Jorge Jesus não tem mão na equipa
Lamento muito, mas um adepto não deve apenas dizer bem. Sobretudo quando é fácil. Apesar do bom futebol, das vitórias, do imenso receio que o Benfica inspira aos adversários, da profunda satisfação que todos os benfiquistas sentem quando vêem a equipa jogar, nem tudo corre bem. Um treinador deve exercer um controlo perfeito sobre a equipa e Jorge Jesus, por muito que me custe admiti-lo, não consegue. São já várias as conferências de imprensa em que o treinador do Benfica lembra que a equipa não pode golear sempre. Os jogadores, num acto de indisciplina recorrente, e que mereceria castigo sério, continuam a desmenti-lo. Quando chegou ao Benfica, Jorge Jesus disse que os jogadores iriam jogar o dobro do que haviam jogado no ano passado. Neste momento, os jogadores jogam o quádruplo do que Jorge Jesus pensava que eles iam jogar. É muito feio faltar ao prometido.
As falsas expectativas que o treinador do Benfica lançou no início da época tiveram efeitos muito negativos até na minha vida pessoal. Quando soube que o Benfica jogaria o dobro do que havia jogado no ano passado fiquei contente, mas não demasiado. O Benfica não jogava assim tanto para que a perspectiva de passar a jogar apenas o dobro fosse especialmente apelativa. Por isso, cometi a imprudência de marcar compromissos profissionais para dias de jogo do Benfica. Não pude ver no estádio a goleada ao Everton e fui forçado a acompanhar a goleada ao Belenenses apenas na televisão. Tivesse Jorge Jesus sido rigoroso e eu teria metido licença sem vencimento até ao fim da época.
Muito embora o Benfica seja, neste momento, uma máquina de triturar equipas e fazer golos, muita gente adverte ainda para os perigos que podem resultar do entusiasmo dos benfiquistas. Pelos vistos, o entusiasmo benfiquista é perigoso. Quando as outras equipas perdem, o adversário joga melhor. Quando o Benfica perde, a culpa é do entusiasmo dos sócios. Não se percebe a razão pela qual os outros treinam: segundo esta curiosa teoria, basta entusiasmarem-nos o terceiro anel para estarmos em apuros. O mais interessante é que o mesmo entusiasmo, tão contraproducente, também é apontado como um factor que nos beneficia. Sportinguistas e portistas queixam-se de que a onda de entusiasmo contagia os jornais e empurra o Benfica, o treinador do Braga lamenta que o Benfica seja levado ao colo pela euforia dos seus próprios adeptos. Em Portugal, ser levado ao colo pelo entusiasmo dos adeptos é crime, ser levado ao colo pela arbitragem é dirigismo brilhante. O treinador do Braga, por exemplo, nunca se queixou disso. Calha sempre estar a olhar para o chão.
Por Ricardo Araújo Pereira, Edição 24 de Outubro 2009 - Jornal "A Bola"
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