Decepção completa. Pelo resultado, pela exibição, pela eliminação e pelo estado do futebol actual da equipa.
Há já alguns jogos que o FC Porto vem denotando descida de forma, jogando um futebol lento e previsível. Talvez seja o cansaço dos jogos acumulados a causar desgaste físico e psicológico.
Ontem, mais uma vez, os Dragões estiveram uma sombra de si mesmos, em grande parte do encontro.
Entraram relativamente bem no jogo conseguindo neutralizar as frágeis investidas ofensivas contrárias, porém não conseguiu dar profundidade ao seu jogo e nas poucas ocasiões para atirar à baliza fez-lo de forma deficiente (Danilo e Defour).
Depois foi perdendo o controlo e a partir do golo anulado a Saviola, em lance em que a defesa andou às aranhas, com Helton a largar uma bola que era sua, a equipa perdeu consistência, abanou e caiu.
A perder 1-0 ao invés de acalmar e explorar as fragilidades do adversário, voltou a cometer erros de palmatória com Defour a ser bem expulso e a hipotecar de vez a continuidade na prova.
Já a perder por 2-0 e com menos um jogador, é verdade que os jogadores não baixaram os braços e procuraram marcar o golo da redenção.
O jogo ficou obviamente partido. Pedia-se ao FC Porto clarividência, inteligência e espírito de sacrifício. Houve algumas destas qualidades mas pouca precisão.
Era importante que os passes longos fossem cirúrgicos, tele-guiados e milimétricos.
Das várias tentativas,três cumpriram estes desideratos: No primeiro Jackson que se desmarcou primorosamente, aparecendo na cara do guarda-redes, falhou a direcção e a bola perdeu-se junto ao poste; Nos outros dois a bola chegou a beijar as redes, mas quer Maicon quer Jackson estavam em fora de jogo.
Resta-nos lutar pelo Campeonato Nacional, mas a dúvida que fica é se esta equipa tem ainda estofo para ser campeão.
Confessava, entre amigos, que desconfiava que FC Porto iríamos ter em Málaga: se o das grandes noites europeias (como na primeira mão no Dragão) ou o dos jogos que vimos fazer posteriormente aquele. Para mal da nossa crença, tudo esteve contra nós: má fortuna, desinspiração colectiva, arbitragem implacável adversa (se, ao menos, tivéssemos tido no Dragão um deste calibre...), um Málaga sedento de glória e feliz.
Paciência. A nossa força é, agora, precisa para ultrapassar rapidamente este desaire. A principiar já na Madeira...
2 comentários:
Decepção completa. Pelo resultado, pela exibição, pela eliminação e pelo estado do futebol actual da equipa.
Há já alguns jogos que o FC Porto vem denotando descida de forma, jogando um futebol lento e previsível. Talvez seja o cansaço dos jogos acumulados a causar desgaste físico e psicológico.
Ontem, mais uma vez, os Dragões estiveram uma sombra de si mesmos, em grande parte do encontro.
Entraram relativamente bem no jogo conseguindo neutralizar as frágeis investidas ofensivas contrárias, porém não conseguiu dar profundidade ao seu jogo e nas poucas ocasiões para atirar à baliza fez-lo de forma deficiente (Danilo e Defour).
Depois foi perdendo o controlo e a partir do golo anulado a Saviola, em lance em que a defesa andou às aranhas, com Helton a largar uma bola que era sua, a equipa perdeu consistência, abanou e caiu.
A perder 1-0 ao invés de acalmar e explorar as fragilidades do adversário, voltou a cometer erros de palmatória com Defour a ser bem expulso e a hipotecar de vez a continuidade na prova.
Já a perder por 2-0 e com menos um jogador, é verdade que os jogadores não baixaram os braços e procuraram marcar o golo da redenção.
O jogo ficou obviamente partido. Pedia-se ao FC Porto clarividência, inteligência e espírito de sacrifício. Houve algumas destas qualidades mas pouca precisão.
Era importante que os passes longos fossem cirúrgicos, tele-guiados e milimétricos.
Das várias tentativas,três cumpriram estes desideratos: No primeiro Jackson que se desmarcou primorosamente, aparecendo na cara do guarda-redes, falhou a direcção e a bola perdeu-se junto ao poste; Nos outros dois a bola chegou a beijar as redes, mas quer Maicon quer Jackson estavam em fora de jogo.
Resta-nos lutar pelo Campeonato Nacional, mas a dúvida que fica é se esta equipa tem ainda estofo para ser campeão.
Um abraço
Confessava, entre amigos, que desconfiava que FC Porto iríamos ter em Málaga: se o das grandes noites europeias (como na primeira mão no Dragão) ou o dos jogos que vimos fazer posteriormente aquele. Para mal da nossa crença, tudo esteve contra nós: má fortuna, desinspiração colectiva, arbitragem implacável adversa (se, ao menos, tivéssemos tido no Dragão um deste calibre...), um Málaga sedento de glória e feliz.
Paciência. A nossa força é, agora, precisa para ultrapassar rapidamente este desaire. A principiar já na Madeira...
Bom fim de semana.
Remígio Costa.
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