quinta-feira, agosto 16, 2007

ARCO - ÍRIS !















Não quero saber mais nada de apitos.
Nem do dourado , nem do encarnado , nem dos outros que há por aí.
Estou farto.

Já não tenho pachorra para ouvir falar do que se sabe ,
do que não se sabe , e do que se pensa que se sabe mas ,
não se sabe.
Estou farto.

Já não aguento ver o bom e impoluto chefe de família,
de folha limpa e transparente , sem medo , honesto ,
que nunca pisou ninguém , mas , porque chegou ao poder
( só por isso ) ser vítima do tenebroso Conde redondo.

Já não aguento mais que se diga , com e sem fundamento ,
que se passou isto e aquilo no aeroporto de Lisboa quando ,
na verdade , nada se passou (absolutamente nada )
a não ser um bom par de estalos , à moda dos mafiosos .

Quero lá saber se o homem em Julho de 1993 foi julgado e condenado no Tribunal da Boa-Hora , pela prática de um crime de roubo ,
a 20 meses de prisão.
Quero lá saber se os 100 mil contos foram pagos ou lavados ,
e há recibo ou não.
Quero lá saber como foi comprada a Fábrica de Louças de Sacavém ,
de quem é o Condomínio Privado e quem lá mora .
Quero lá saber se o dinheiro da venda de Mantorras está na Bolsa , em Off-Shore , ou anda pela A2 em pneus Pireli.
Quero lá saber dos 50 mil euros depositados em TUI (onde nunca fui) à custa do livro milagroso daquela respeitável donzela .
Quero lá saber onde pára o quadro do Cargaleiro ,
e se foi ou não surripiado pela mulher do fiteiro .

Já não aguento mais ter de assistir à permanente devassa
da vida privada de cada um , ao teor das escutas telefónicas ,
às tentativas de influenciar investigações , às verdades falsas
e às falsas verdades.

Estou farto .
Já não tenho pachorra .
Que se lixem os apitos e quem os assopra !
Não matem o futebol !

5 comentários:

Dragaopentacampeao disse...

Compreendo o teu estado de alma.
No entanto considero que não devemos calar a nossa indignação.
Cada vez tem mais força a sabedoria popular que diz: "Quem semeia ventos colhe tempestades".
É disso que se trata e por isso, ainda que o repudies vais ter de assistir a novos desenvolvimentos.
No que me diz respeito, estarei na vanguarda na publicação de notícias que levantem suspeitas sobre eventuais implicações dos auto intitulados paladinos da transparência e bons costumes.
Sem dó nem piedade.

Sérgio de Oliveira disse...

dragaopentacampeao :


Tens razão !
Eu é que já estou farto de cabalas...
Quero ver futebol !

Nuno Gonçalo disse...

Viva Sérgio de Oliveira!

Vamos mas é curtir o futebol no campo e deixar estes casos que já enojam para quem tem o poder de decidir!

Abraço
Gonçalo
Desportugal

Sérgio de Oliveira disse...

viva Gonçalo !

É isso !

Um abraço

Anónimo disse...

A carta a que se refere o Expresso

Eis o teor integral da carta a que se refere o Expresso de hoje e que enviámos, em data recente, ao Futebol Clube do Porto:

Pela circunstância de estarmos ligados ao Futebol Clube do Porto por um contrato de prestação de serviços de Conselho em Comunicação e Assessoria Mediática temos sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas.

Não é este o momento adequado para tornarmos público o conteúdo e a forma dessas pressões, mas queremos deixar claro que nunca, nos 20 anos de actividade da LPM, algo de semelhante tinha ocorrido.

Tememos que a continuação do contrato que nos liga ao FCP possa colocar em risco a normal actividade da LPM em prejuízo dos cerca de 70 colaboradores que empregamos e das cerca de 50 instituições que representamos.

Estas circunstâncias levam-nos a solicitar a rescisão amigável do contrato.

No momento em que o fazemos deixamos claro que nada de menos ético – muito menos ilegal - ocorreu no nosso relacionamento com a vossa instituição e que as pressões que têm sido exercidas sobre a LPM, essas sim, pressupõem uma lamentável falta de seriedade de entidades que deveriam dar o exemplo ao País.

A curta experiência de trabalho com o FCP confirmou, infelizmente, o que tínhamos identificado no diagnóstico inicial: existe uma anormal coligação de interesses que procura impedir a expressão pública da vossa instituição, mesmo quando se trata de situações que poderíamos descrever como de legítima defesa.

Nas últimas semanas, porque ocorreram episódios mediáticos (a maior parte sem qualquer intervenção nem do FCP nem da LPM) que mostram quão frágil é o guião construído por esses interesses, foram sendo utilizados sobre a nossa empresa meios, públicos e privados, que relevam sobremaneira o desespero dessas entidades e a falta de consideração pelos princípios éticos que deviam respeitar.

Neste contexto, estamos certos de que compreenderão melhor do que ninguém esta nossa decisão.



LPM, 25-08-2007

Distracções judiciárias

Na véspera do atentado da ETA com matrícula portuguesa, o porta-voz da Polícia Judiciária estava ocupado a fazer publicar no "Crime" uma entrevista em que se me refere. Não mereço tantas atenções.

Diz no essencial duas coisas. Em primeiro lugar, anuncia que SLB e FCP têm agências de comunicação. Ora, como é do domínio público, SLB recorre aos serviços de uma agência de comunicação há mais de 2 anos e só agora FCP decidiu proceder do mesmo modo. E só agora é que o porta-voz da PJ parece preocupado com o assunto.

Em segundo lugar, avisa que "não é por muito dizer mal do processo que ele é desacreditado, isto da parte do FCP", acrescentando: "O que constatamos é que se criou um caso nacional em redor do Apito Dourado e que essa discussão acalorada está a deixar marcas no processo".

Como dizia um amigo que me telefonou preocupado, o porta-voz da PJ esforça-se por me posicionar como uma espécie de Maria José Morgado ao contrário. A procuradora consegue fazer do nada um processo terrível. Eu conseguiria (na visão PJ) tornar em nada um processo terrível. Haja paciência.



LPM, 25-08-2007